Bispo do Rosário foi um dos artistas populares brasileiros mais influentes do século passado, confeccionava arte com objetos descartáveis, suas peças eram aglomerações de utensílios não mais utilizados. Também dedicou sua produção a construção de estandartes e mantos. O artista acreditava que era um enviado de Deus e iria anunciar o fim do mundo. Foi considerado esquizofrênico e mantido grande parte de sua vida em manicômios, Arthur Bispo do Rosário também foi preso por ser negro e andar sem documentos nas ruas do Rio de Janeiro.
Inspirados na história e estética de Bispo os alunos recriam suas histórias de vida em um desenho simplista, apenas com linhas guias, que posteriormente serão bordados pelos próprios alunos em quadrados de algodão cru. Estes retalhos de histórias serão costurados posteriormente com o intuito de formar mantos, parangolés, estandartes e colchas de retalhos.
Parangolé é um termo utilizado por Hélio Oiticica para toda e qualquer obra de arte aleatória e sem contexto. Hélio fez uma série de mantos que partem das fantasias das escolas de samba cariocas – as quais teve grande convivência – que são as formas de parangolés mais conhecidas na história da arte.
A produção dos alunos ultrapassa suas mãos ocupando do o espaço a sua volta.